quarta-feira, 14 de julho de 2010

Madrid Antiga


A capital da Espanha está situada perto do centro geográfico do país, no encontro das redes ferroviárias. Devido à distância do mar e à sua altitude tem invernos frios e verões quentes. A cidade está cercada pela sua pequena província, a Comunidad de Madrid, que abrange a Sierra de Guadarrama. O guia divide a cidade em duas: Madrid Antiga e Madrid dos Bourbons.

Madrid Antiga

Madrid era uma pequena cidade de Castela, sem muita importância, até que Filipe II a escolheu para sua capital, em 1561. Nos anos seguintes ela se transformou no centro nervoso de um poderoso império. Segundo a tradição, foi o chefe mouro Muhammad bem Abd Al Rahman que estabeleceu uma fortaleza acima do rio Manzanares. Magerit, como era a chamada em árabe, caiu dominada por Afonso VI de Castela entre 1083 e 1086. Ruas estreitas com casas e igrejas medievais começaram a aparecer nos terrenos mais elevados atrás do alcázar árabe, substituído por um palácio gótico no século 15. Após o incêndio de 1734, foi substituído pelo atual palácio Bourbon, o Palácio Real.

Gran Vía

É a rua do nosso hotel!!! Ficamos super bem localizados, perto dos principais edifícios históricos. É uma importante via de tráfego da cidade, inaugurada em 1910, ficou em construção por várias décadas e implicou na demolição de vários prédios e pequenas ruas entre a Calle de Alcalá e a Plaza Espana.

Monasterio de las Descalzas Reales

O edifício religioso mais notável em Madrid tem exterior nobre de tijolos vermelhos e granito. É um raro exemplo remanescente da arquitetura do século 16 na cidade. Por volta de 1560, a irmã de Filipe II, Joana, decidiu transformar o palácio medieval que ocupava este lugar em um convento para freiras e mulheres da casa real. Sua posição aristocrática, assim como a das demais freiras, explica o precioso acervo de arte e a riqueza das Descalzas Reales. A escadaria tem um afresco da família de Filipe IV olhando para baixo, como se estivessem em uma sacada. Essa escada leva a um pequeno claustro no primeiro andar, circundado por capelas que contem obras de arte e objetos preciosos relacionados à vida das freiras. A capela principal guarda o túmulo de Joana. A Sala de Tapices exibe tapeçarias – uma delas tecida em 1627 para a filha de Filipe II, Isabel Clara Eugenia. Outra, o triunfo da Eucaristia, baseia-se em desenho de Rubens. Entre as pinturas, trabalhos de Brueghel, o Velho, Ticiano e Zurbarán.

Puerta del Sol

Tráfego barulhento, vozerio e apitos de guardas fazem da Puerta del Sol o centro típico de Madrid. Este é um dos pontos de encontro mais procurados da cidade e multidões convergem para essa praça famosa a caminho das lojas e pontos turísticos da parte antigo da cidade.

Este é o lugar original da entrada leste da cidade, que já foi ocupada por um portão e um castelo. Eles desapareceram há muito tempo e foram substituídos por uma sucessão de igrejas. No fim do século 19, a área foi transformada em uma praça e se tornou o centro dos cafés da cidade (eba!!!).

Hoje a praça tem a forma de uma meia lua. Uma adição recente é a imponente estatua de Carlos III no centro. O lado sul em linha reta é ocupado por um edifício de linhas austeras de tijolo vermelho, originalmente o Correio, construído na década de 1760. Em 1847 tornou-se a sede do Ministério do Interior. Em 1866 foi-lhe acrescentada a torre do relógio, que dá ao edifício uma identidade especial. Durante o regime Franco, as celas da policia, debaixo do edifício foram testemunhas de abusos contra os diretos humanos. Hoje o prédio é sede do governo regional e centro de muitos eventos festivos. No chão há o marco zero de todas as rodovias da Espanha. Do outro lado da praça, na esquina da Calle del Carmen, fica a estatua de bronze do símbolo de Madrid – um urso tentando alcançar os frutos de madroño.

Plaza Mayor

É uma praça retangular com sacadas e pináculos, janelas e telhados inclinados de ardósia. A praça, com sua atmosfera teatral, têm uma personalidade muito castelhana. Tudo deveria acontecer aqui, o que, em grande parte, confirmou-se. Touradas, execuções, cortejos e julgamentos da Inquisição tiveram lugar na praça.

A construção da praça, substituindo cortiços, começou em 1617 e levou apenas dois anos. Seu arquiteto, Juan Gómez de Mora, foi o sucessor de Juan de Herrera, que projeto o maravilhoso El Escorial. A construção mais extravagante é a Casa de la Panadería (padaria). Sua fachada é decorada com pinturas alegóricas, e a ali que fica o principal centro de informações turísticas em Madrid.

Coligiata de San Isidoro

Construída em estilo barroco para os jesuítas, em meados do século 17 era a Catedral de Madrid, até que a Almudena ficasse pronta em 1993. Depois que Carlos III expulsou os jesuítas da Espanha em 1767, Ventura Rodriguez foi encarregado de realizar o projeto do interior da igreja. Foi então dedicada ao padroeiro de Madrid, São Isidoro.

Plaza de la Villa

É um dos lugares mais atraentes de Madrid. O edifício mais antigo ao seu redor é a Torre de Lujanes, do século 15, com portal gótico e arcos em forma de ferradura, em estilo mudèjar. A Casa de Cisneros foi construída em 1537 para o sobrinho do cardeal Cisneros, fundador da Universidad de Alcalá. A fachada principal na Calle de Sacramento é um excelente exemplo do estilo plateresco. Ligada a esse edifício por uma ponte coberta está a prefeitura, projetada na década de 1640 por Juan Gómez de Mora, combinando telhados íngremes com águas-furtadas, torres em forma de agulha nos cantos e uma austera fachada de tijolos e pedra.

Iglesia San Nicolás

Sua torre de tijolos e arcos em ferradura é a mais antiga estrutura eclesiástica remanescente em Madrid. Acredita-se que seja de estilo mudéjar do século 12 e talvez tenha sido originalmente um minarete de uma mesquita mourisca.

Catedral de la Almudena

Dedicada à padroeira da cidade, a catedral de La Almudena começou a ser construído em 1879 e foi concluído um século depois. A fachada neogótica da catedral em branco e cinza é semelhante à do Palácio Real, que se encontra do lado oposto. A cripta abriga a imagem do século 16 da Virgem de Almudena. Mais adiante, na Calle Mayor, está o sítio arqueológico que revelou restos de muralhas mouras e medievais. O primeiro casamento real realizado na catedral foi o do príncipe Felipe com Letizia Ortíz, em mais 2004.

Palácio Real

Este enorme e luxuoso palácio real foi construído para impressionar. A construção durou 26 anos, durante o reinado de dois reis Bourbon e muito da decoração exuberante reflete o gosto de Carlos III e Carlos IV.

Plaza de Armas: a praça em frente à entrada principal também dá acesso ao arsenal real.

Hall de entrada: uma escadaria de mármore, ao lado da estátua de Carlos III como imperador romano, leva ao andar principal.

De todos os ambientes, pretendemos conhecer a Sala de Jantar, a Sala das porcelanas, a Sala Gasparini e a Sala no Trono.

Campo del Moro

É um parque agradável que se ergue a partir do rio Manzanares para oferecer uma das mais belas vistas do Palácio Real. Em 1109, um exército mouro acampou aqui, chefiado por Ali bem Yusuf, daí o nome do parque.

Plaza de Oriente

Durante seus dias como rei de Espanha, José Bonaparte abriu este espaço em forma de estribo no meio de um conjunto desorganização de construções a leste do Palácio Real, criando a vista que o palácio tem hoje. As várias estátuas de reis presentes aqui se destinavam ao telhado do palácio, mas não foram colocadas lá por serem muito pesadas. A estatua eqüestre de Filipe IV, no centro da praça, é do escultor italiano Pietro Tacca e se baseia em desenhos de Velázquez. De frente para o palácio fica o Teatro Real de la Ópra, de 1850.

Monastério de la Encarnación

Em uma praça arborizada este tranqüilo convento agostiniano foi fundado em 1611 para Margarida da Áustria, mulher de Filipe III. A fachada da revela claramente a autoria do arquiteto Juan Gómez de Mora, que também construiu a Plaza Mayor. É um castelo antigo, com azulejos de Talvera azuis e brancos, portas de madeira, vigas expostas e retratos dos benfeitores reais. O principal ambiente do convento é a câmara do relicário, com o teto pintado por Carducho, Ela é usada apara guardar crânios e demais ossos dos santos, já um frasco com sangue seco de São Pantaleão. Há uma lenda que diz que o sangue se liquefaz a cada ano, no dia 27 de julho, aniversário da morte do santo. Dizem que se o sangue não virar liquido um desastre acontecerá em Madrid.

Plaza España

Um dos cruzamentos mais movimentados de Madrid e ponto de encontro muito popular, a Plaza de Espana desce em direção ao Palácio Real e aos jardins Sabatini. Nos séculos 18 e 19, a praça foi ocupada pelos quartéis do exército, no entanto, com a expansão da cidade, o lugar acabou sendo aproveitado como espaço público. A praça adquiriu sua aparência atual durante o período franquista, com a construção do Edifício Espana e da Torre de Madrid. A parte mais atraente da praça é o centro, ocupada por um obelisco com a estátua de Miguel de Cervantes e Dom Quixote.

FONTE: Guia Visual Publifolha.

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