sexta-feira, 25 de junho de 2010

Paris - Segundo Dia II

Sainte-Chapelle

Sainte-Chapelle


Etérea e mágica, a Sainte-Chapelle tem sido aclamada com uma das maiores obras de arte do mundo ocidental. Era “um portão para o céu” para os devotos da Idade Média. Hoje o visitante se sente transportado pela luz intensa de seus 15 maravilhosos vitrais, separados por colunas muito finas que se erguem 15m até o teto pontilhado de estrelas. Eles representam mais de mil cenas bíblicas em um caleidoscópio de vermelho, ouro, verde e azul. Começando à esquerda, perto da entrada e no sentido do relógio, é possível reconstituir as escrituras desde o Gênese até a Crucificação e o Apocalipse. A capela foi terminada em 1248 por Luís XI para abrigar o que se acreditava ser a Coroa de Espinhos de Cristo e fragmentos da verdadeira Cruz, agora no tesouro de Notre-Dame. O rei piedoso, que foi canonizado por suas boas obras, comprou essas relíquias sagradas do imperador de Constantinopla, pagando três vezes mais por elas do que toda a construção da capela.


O edifício hoje tem duas capelas separadas. A capela inferior, sombria, era usada pelos criados e funcionários menos credenciados da corte, enquanto a magnífica capela superior, alcançada por uma escada em espiral estava reservada para a família real e os membros da corte. Uma janela muito discreta permitia que o rei participasse das celebrações sem ser visto. Durante a Revolução, o edifício foi muito danificado e tornou-se um depósito para armazenar farinha. A Sainte-Chapelle foi restaurada um século mais tarde pelo arquiteto Viollet-le-Duc. Hoje são realizados regularmente na capela concertos vespertinos de música clássica, por sua excelente acústica.



Notre-Dame


Nenhum outro edifício resume a história de Paris melhor do que a Notre-Dame. Construída no lugar de um templo romano, a catedral foi encomendada pelo bispo de Sully 1159. A pedra fundamental foi lançada em 1163, dando inicio a dois séculos de trabalho por parte de exércitos de arquitetos e artesãos medievais. A catedral foi testemunha de grandes eventos da história francesa desde aquela época, inclusive a coroação de Henrique VI, em 1422, e Napoleão Bonaparte, em 1804. Durante a Revolução, o prédio foi profanado e rebatizado como Templo da Razão. Grandes reformas (inclusive o acréscimo de dois pináculos e de gárgulas) foram realizadas no século XIX.


A fachada oeste, com sua bela proporção, é uma obra-prima da arquitetura francesa.




Île St-Louis


Passando a Pont St-Louis, da Île de la Cité, está a Île St-Louis, um pequeno conjunto de ruas calmas e ancoradouros na beira do rio. Luxuosos restaurantes e lojas são algumas das atrações de ilha, que também é sede da famosa sorveteria Berthellon. Quase tudo na Île foi construído no século XVII, em estilo clássico. A igreja se St-Louis-em-I’Île, que terminou de ser construída em 1726, tem o interior em estilo barroco, decorado em mármore e dourado. O projeto foi feito pelo arquiteto de coroa, Louis de Vau, que também habitava a ilha. A igreja está oficialmente unida à catedral de Cartago, na Tunísia, onde o corpo de São Luís está enterrado.



Hôtel de Ville


O Hôtel de Ville, prefeitura de Paris, é uma reconstrução do século XIX, a partir da câmara municipal do século XVII, incendiada pelo revoltosos durante a Comuna de Paris, em 1871. É um ótimo exemplo da arquitetura requintada da Terceira República, com seu torreões e estátuas que dão para uma praça.



Centre Pompidou


O Pompidoun é um edifício do avesso: escadas rolantes, elevadores, tubulações de ar e água e até enormes vigas de aço que formam o esqueleto do prédio ficam à mostra. Isso permitiu que os arquitetos Richard Rogers, Renzo Piano e Gianfranco Franchini criassem uma área flexível para exposições. Entre os artistas expostos no museu estão Matisse, Picasso, Miró e Pollock, representando o Fovismo, o Cubismo e o Surrealismo. O Pompidou também apresenta com frequência exposições temporárias. Do lado de fora, na praça, multidões se reúnem para assistir artistas de rua.



St-Eustache


A planta gótica e a decoração renascentista fazema de St-Eustache uma das igrejas mais lindas de Paris. O interior monumental, as cinco naves e as capelas laterais e radiais lembram Notre-Dame. Os 105 anos de sua construção (1532-1637) assistiram ao florescimento do estilo renascentista na França, presente nos arcos, pilares e colunas. St-Eustache foi cenário de muitos eventos importantes, inclusive o batismo do cardeal Richelieu, Madame de Pompadour e do dramaturgo Molière, os funerais de La Fontaine, Colbert (primeiro-ministro de Luís XIV), o compositor Rameau e o orador revolucionário Mirabeau. Hoje grupos de talentos se apresentam regularmente em St-Eustache e recitais de órgão são realizados aos domingos, às 17h30.

FONTE: Guia Visual Publifolha.

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